segunda-feira, 10 de março de 2014

a vida quotidiana na corte

O rei vivia na corte com a sua família, conselheiros e altos funcionários.

Como chefe supremo do país, competia-lhe: fazer as leis; aplicar a justiça (só o rei podia aplicar a pena de morte) cunhar moeda; comanda o exército; fazer as leis; administrar o reino; aplicar a justiça maior…
Para exercer os seus poderes, o rei era auxiliado pelo conselho do rei, ou cúria régia, constituído por altos funcionários que podiam pertencer à nobreza ao clero e à burguesia.

Em caso de decisões importantes, como declarar a guerra ou lançar novos impostos, o rei convocava as cortes, uma reunião de representantes da nobreza, do clero e dos concelhos (estes apenas a partir do reinado de D. Afonso III).
As cortes tinham uma função consultiva, isto é, o rei ouvia a sua opinião mas não era obrigado a segui-la.

A cúria régia, a família real, as pessoas da confiança do rei, os funcionários e a criadagem viviam no palácio, junto do rei, e acompanhavam-no nas suas frequentes deslocações pelo país. Era este conjunto de pessoas que constituía a corte.

Em tempo de paz, a vida na Corte era muito agradável. durante o dia, os homens ocupavam-se na caça, nos torneios e nas justas, enquanto as senhoras bordavam, fiavam e passeavam nos jardins. À noite, havia animados banquetes após os quais se realizavam saraus onde atuavam saltimbancos, bailarinas, jograis e trovadores. Quando estes não se realizavam, os membros da corte dedicavam-se a jogar xadrez, dados ou damas.
serão na corte

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Portugal no século XIII

para além da agricultura e da pastorícia, outras atividades económicas ocupavam grande parte da população. Junto ao mar e rios a: pesca (marítima e fluvial); extração de sal, produto indispensável para a conservação dos alimentos e também nos curtumes) (salicultura); nas aldeias, os camponeses ocupavam-se, muitas vezes, em trabalhos de artesanato.Produziam bens necessários ao seu dia-a- dia, como peças de vestuário e instrumentos agrícolas. Nas cidades os ofícios eram mais variados. Entre outros, destacavam-se os ferreiros, os oleiros, alfaiates, tecelões, carpinteiros e sapateiros. Na confeção dos produtos utilizavam-se, então, ferro, madeira, barro, couro, entre outros materiais.


imagem retirada do manual HGP cinco (editorial O Livro)



O comércio
O aumento da produção agrícola e da produção artesanal levou ao desenvolvimento do comércio interno ( dentro do país) e externo ( que se faz fora para fora do país).
O comércio interno era reduzido. Os produtos eram levados de terra em terra por pequenos mercadores - os almocreves.
(reconstituição) imagem retirada da internet

Para além do comércio ambulante, havia locais fixos de comércio: as tendas (onde os artesãos trabalhavam e vendiam as suas mercadorias), os mercados e as feiras.
feira (reconstituição) imagem retirada da internet

Os reis portugueses, com destaque para D. Dinis, fundaram muitas feiras a fim de desenvolver o comércio interno. a fundação das feiras fazia-se através de cartas de feira, nas quais se concediam regalias aos feirantes.

Documento- Carta de feira

Eu, Afonso, estabeleço uma feira nessa cidade da Guarda, em cada ano, com a duração de quinze dias, sendo oito antes da festa de S. João Baptista no mês de junho e oito dias após a mesma festa. Mando que todos os que vierem a essa feira venham em segurança com todas as suas coisas e mercadorias. E ninguém ouse fazer mal ou penhorar* os concorrentes a essa feira por nenhuma dívida, salvo se for provado que a dívidase fez na feira. E se alguém vier contra este meu estatuto e mandado, pagar-me-á trezentos morabitinos.**
Carta de Feira da Guarda(1255) (adaptado)


* penhorar- Apreender judicialmente os bens do devedor para segurança da dívida
** morabitinos- moeda de ouro do tempo dos primeiros reis de Portugal




Portugal no século XIII

Ação dos primeiros reis


Com a conquista definitiva do Algarve (D. Afonso III), e mais tarde a definição de fronteiras com o rei D. Dinis, (assinatura do Tratado de Alcanises, em 1297, entre D. Dinis e  D.Fernando de Castela) podemos dizer que se viveu uma época de paz. Há que pensar então, em desenvolver o território. Já estudámos as características naturais do território português, e podemos dizer que os recursos naturais existentes faziam da agricultura e da pecuária as principais atividades económicas. Neste século XIII, a população portuguesa era de cerca de um milhão de habitantes. Distribuía-se de forma desigual; no Norte junto ao litoral podíamos encontrar mais população. Razões:

- havia mais terras húmidas e férteis e, por isso, muito produtivas;
- ter sido reconquistada mais cedo e, portanto, ter sido mais povoada.

No sul, ficavam as maiores localidades como Lisboa, Santarém, Évora (cidades que já vinham do tempo dos romanos e dos muçulmanos.)

atividades económicas no século XIII. reconstituição

imagem retirada do manual HGP cinco (editorial O Livro)

 No geral havia muitos terrenos não aráveis; matagais e florestas. Aqui, ia-se buscar: lenha, madeira, frutos silvestres, mel,cera, cortiça, caça variada.
apicultura era também uma actividade muito desenvolvida.



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

correção do trabalho de Português - 5º C

Olá turma do 5º C.  Correção do trabalho da página 93, do texto "A sabedoria de Viriato"

1. Viriato acreditava que a natureza e as estrelas lhe transmitiam mensagens. Vivia em constante sobressalto porque temia que, a qualquer hora, fosse alvo de ataque ou de traição. Daí que ansiasse por paz, sossego, por poder dormir tranquilo, por ser feliz e livre.
2.1- Os homens sentem-se mais fortes quando o seu chefe está presente.
2.2- Eles não cantam nem dançam quando o chefe está ausente.
3. Viriato pressente que os romanos estão a preparar um grande ataque às suas povoações.
4- A sua preocupação assenta no facto de os seus homens não estarem bem preparados, nem bem armados.
5- A mulher de Viriato carateriza-os como determinados e dispostos a tudo para agradar ao seu chefe e defender a sua terra.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

modos de vida dos romanos

nesta imagem podes verificar o tipo de habitação existente no Império Romano. Este tipo de habitação pertencia às classes mais pobres. (imagem ). Muito parecido aos blocos de apartamentos que existem hoje, não tinham água canalizada, e à medida que se ia subindo no edifício, as divisões das casas iam ficando amis pequenas.

estas construções tinham o nome de ínsulas. (imagens via net)


este tipo de habitação é um exemplo onde viviam os romanos mais ricos. (imagem)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Os Romanos na Península Ibérica

A romanização
 
A resistência à presença romana na Península Ibérica foi diminuindo, e a pouco e pouco, foi acontecendo uma maior convivência entre os povos que aqui viviam, e os invasores romanos. Lentamente, os Romanos deram a conhecer a sua forma de vida ao nível da religião, da língua, cultura e costumes, de modo a fazê-los sentirem-se verdadeiros cidadãos romanos. Os hábitos dos habitantes da península mudaram e passaram a viver à maneira romana. Chamamos a este processo romanização. 
 
Fatores de romanização:
 
a língua- passou a falar-se Latim. (mais tarde deu origem ao português);
moeda- facilitava as trocas comerciais;
estradas e pontes- foram construídas estradas e pontes para facilitar a circulação das tropas, o comércio e as comunicações;
direito romano- conjunto de leis (direitos e obrigações) a que todos os habitantes do Império estavam sujeitos.
 
a vida romana em imagens:
 
casa romana


construção de estradas


construção de um aqueduto

termas romanas

rua romana com casas e lojas

rua romana

aquecimento das águas nas termas
 
 
imagens da internet
Illustration d'un dossier sur Rome, Astrapi n°677, février 2008

 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A resistência dos povos peninsulares

A resistência dos povos peninsulares
Quando os Romanos chegaram à Península Ibérica, iniciam o processo de conquista. Contudo, vão deparar-se com:
  • Forte resistência dos povos que habitavam as regiões Norte e Centro
  • Regiões muito montanhosas que dificultavam a movimentação das legiões.

De ente os povos que ofereceram maior resistência, destacaram-se os Lusitanos(povo que vivia na região denominada Lusitânia, situada entre os rios Douro e Tejo. Estes, comandados por Viriato, resistiram durante muito anos ao invasor, combatendo e utilizando técnicas de guerrilha. Esta resistência manteve-se mesmo após Viriato ter sido assassinado, a mando dos Romanos.
O objetivo dos Romanos — dominar toda a Península Ibérica — só foi atingido no ano 19 a.C.(século I a. c. ) quase duzentos anos depois da sua chegada.

Os lusitanos

"O seu principal alimento é a carne de cabra... Nas três quartas partes do ano o único alimento na montanha são as glandes* de carvalho que, secas, quebradas e pisadas, servem para fazer pão.
Uma espécie de cerveja feita com cevada é bebida vulgar, enquanto o vinho é raro. Comem sentados - para isto há bancos de pedra, dispostos em roda das paredes e em que os convivas tomam lugar segundo a idade e a posição. A comida circula de mão em mão...
Nas terras interiores só se conhece o comércio de troca, ou então cortam-se lâminas de prata em bocadinhos que se dão em pagamento do que se compra."
Estrabão (geógrafo do Século I), Geografia (adaptado)

*s.f. Botânica. O fruto do carvalho.
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Outro documento
"Os lusitanos eram excelentes para armar emboscadas e descobrir pistas; eram ágeis, rápidos e de grande destreza. Usavam um pequeno escudo côncavo preso ao corpo por correias. Atacavam com punhais de cobre e muitos dardos que  arremessavam muito longe, com muita perícia e força. Nas montanhas, rolavam sobre os inimigos pedregulhos enormes, esmagando assim os que tentavam subir as encostas. Vestiam panos grosseiros de cor negra feitos de lã ou pelo de cabra.
Como estavam sempre preparados para a guerra, os homens dormiam vestidos sobre montes de feno, ou na terra batida."
Estrabão (geógrafo do Século I), Geografia (adaptado)

podes ler lendas sobre esta matéria clicando aqui


para poderes ver num pequeno vídeo uma reconstituição de um ataque dos povos da península Ibérica ao exército romano, clica aqui
Bom trabalho